junho 07, 2008

Na Garagem (continuação)

Por Paulinho

Confiram agora a segunda parte da entrevista concedida ao programa Na Garagem, da TV Faesa:

Na Garagem: Vocês enfrentam divergências internas entre a banda, com relação a tempo e idéias?
Qualquer relacionamento interpessoal vai apresentar problemas de vez em quando. Com a família é assim, com os amigos é assim, com namorada é assim. A banda não é nada mais que um relacionamento ‘à quatro’! Então às vezes rola umas conversas sobre comportamentos, sobre repertório, sobre o próximo passo, enfim, sobre tudo.

Na Garagem: Todos na banda têm a mesma proposta musical?
Bem, como disse, nosso objetivo é fazer um bom trabalho, e isso sim é uma proposta de todos nós. Musicalmente falando percebe-se as diferenças entre composições do Yô e do Léo, mas uma vez que nossa proposta musical é fazer músicas boas, e que elas são boas, sim, temos a mesma proposta!

Na Garagem: Paulo, você tem uma banda Cover de Guns’n Roses na qual toca teclado, mas agora está tocando bateria, como foi esta experiência tocando teclado e não bateria?
Bem, acho que a música sempre fez parte de mim. Desde moleque ia pra casa da minha tia e a primeira coisa que fazia era ouvir Hey Jude na fitinha umas 3 vezes!!! Mas só comecei a estudar mesmo com 9 anos, numa escolinha em Jardim da Penha. Comecei com o teclado! Aí a gente envelhece, pára de querer tocar em missa, em almoço de família, tocar pras tias... e comprei uma bateria surradinha de um amigo! Nessa eu já tinha 14 anos. Então tocar teclado no Guns não foi algo tão diferente. Sempre ouvi Guns e foi algo bastante natural pra mim. Assim como foi natural voltar a tocar bateria com o Acasos. Embora goste muito de teclado, a batera é onde eu me sinto em casa!

Na Garagem: Como é o processo de composição da banda?
A composição em si cabe ao Léo e ao Yô. Cada um à sua maneira, com as suas inspirações, compõe. Depois que eles consideram a idéia amadurecida o suficiente, aí é que a música é trazida pra banda, pra acertamos os demais arranjos, trabalharmos alguma ou outra modificação, de maneira que a idéia central não perca a sua essência, uma vez que a criação é deles.

Na Garagem: Nas músicas, nota-se uma grande influência de Rock’n Roll até MPB, se fosse definir um estilo para a banda, qual vocês definiriam?
De fato, em nossos shows sempre procuramos tocar um cover que seja uma versão de uma música brasileira. As que fazem mais sucesso são as do Chico. Além disso, o fato de cantarmos em português reafirma essa nossa predileção por MPB. Daí, se fôssemos definir um estilo, acho que seria o MPBQ. Modéstia à parte, Música Popular de Boa Qualidade!

Na Garagem: A banda iniciou com estes mesmos músicos?
Sim, desde o início: Paulinho (bateria), Tufi (baixo), Léo Zandonadi (Guitarra e Voz), Rafael Yô (Guitarra e Voz).

Na Garagem: Em 2007, a banda se apresentou na Jornada Científica na FAESA, como foi este evento?
Pois é, foi mais um Acaso na nossa biografia! O convite pra participar da jornada veio no mesmo dia do show! Quem iria tocar, na verdade, era o Guns n’ Covers, mas como o Mark, meu amigo (vocalista da banda), passou mal, o Guilherme, também meu amigo, guitarrista do Guns e aluno de psicologia da Faesa me ligou na hora do almoço perguntando se eu não poderia trazer o Acasos! Na mesma hora liguei pros caras e fechamos o show! Foi um bom show e ficamos muito satisfeitos de mostrarmos o nosso trabalho por aqui!

Na Garagem: Quais outros eventos que vocês já participaram?
Bem, não foram muitos, mas também participamos da seletiva para o Festival de Inverno no ano passado, ficando entre os 20 finalistas, várias calouradas na Ufes, do Festival Bandejão, promovido pelo programa homônimo da Rádio Universitária, além da festa de 10 anos da Ecos, a Empresa Júnior do curso de Comunicação Social da Ufes.

Na Garagem: A banda tem um EP intitulado "Pela Janela", que contém duas músicas. Como foi a escolha destas duas músicas, por que as outras composições da banda ficaram de fora, e por que do nome?
A gravação ocorreu pois precisávamos de algum material pra poder nos inscrever no Fumei (Festival Universitário de Música Experimental Independente). À época, aquelas eram as duas melhores músicas que possuíamos, de maneira que não foi difícil escolhê-las. Quanto ao nome, bem, nossas músicas costumam falar sobre o cotidiano, sobre a vida do nosso ponto de vista. O cd seria a ‘janela’ para que o ouvinte tivesse as mesmas percepções que tivemos. Olhar ‘Pela Janela’ é colocar-se na posição de expectador. A mesma posição da qual desfrutamos ao conceber as músicas. É ‘Pela Janela’ que entramos em contato com quem queira nos ouvir.

Na Garagem: Gravaram com algum produtor? Ou vocês mesmos produziram as musicas?
As músicas foram gravadas no Estúdio Dourado’s, com o auxílio do Marcelo, grande conhecido da galera. Não teve nenhum grande recurso tecnológico, ou grandes investimentos financeiros, de maneira que o trabalho foi praticamente autoral mesmo, natural, quase, por assim dizer, orgânico.

Na Garagem: Quais são os planos futuros da banda? Tem algum projeto de gravação de um primeiro CD?
Nossos planos futuros são os mesmos da nossa origem: fazer músicas boas! Quanto a um novo disco, pretendemos voltar ao mesmo estúdio e manter a mesma idéia do EP para gravarmos outras tantas músicas! Se isso vai virar cd ou não, não sabemos. Do nosso bolso eu acho difícil sair! Então de antemão, o que podemos garantir é que em breve novas músicas estarão na internet pra galera ouvir!

Um comentário:

Darshany L. disse...

Oie,
eu sou da Ecos Jr. e da turma que está organizando a calourada de comunicação na qual vocês irão tocar dia 29! Assisti à primeira apresentação de vocês no FUMEI 2, gostei muito, meio que me lembrou Los Hermanos, que gosto muito também. Tava lendo a entrevista toda, muito legal ^^

É isso, até dia 29, vai ser massa!